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O elemento casamento

Ontem fui a um casamento. Bom, mas não era qualquer casamento, porque até há pouco tempo atrás essa palavra “casamento” era uma coisa fora do meu alcance. O que estou tentando dizer é que essa tão famosa cerimônia parecia algo ainda longe de acontecer. Mas o casamento de ontem foi o da minha vizinha, a Paula. Nós brincávamos juntas no quintal, e ela tem só dois anos a mais que eu. E então hoje ela não é mais minha vizinha, porque casou. Mas até ontem ela era. AH! Não é estranho?

Eu não consigo me ver casada. Peraí, não que eu não deseje isso, pois é uma coisa, uma vontade que tenho há anos. Vou explicar: desde a minha mais tenra infância eu assistia animações à la Walt Disney, com princesas e príncipes. E eles se casavam. Era só então que tinha o final feliz – e eu também queria um. Aí eu cresci - sim, eu cresci - e passei então a assistir comédias românticas, que surtem o mesmo resultado dos desenhos. Ultimamente, assisto desenhos, comédias românticas e filmes um tanto psicodélicos que tratam do assunto amor. O fato é que me tornei uma romântica assumida com a tal coisa do casamento, amor eterno e blá blá blá. Eles (os desenhos) me influenciaram tanto, mas tanto! Que danados... Não quero nem imaginar o que seria de mim hoje, se ao invés de desenhos bonitinhos eu tivesse assistido algo como Street Fighter.

Mas voltando...o fato é que ontem eu fiz uma descoberta: casamento é um mistério maior que o das pirâmides do Egito ou o significado da vida, desses que a gente enlouquece só de pensar nas conseqüências. Sério. Dizem que é um dos tais ‘momentos únicos’ da existência, como o primeiro beijo ou o primeiro tombo. E eu não duvido. Mas sabe como é, eu nunca casei prá confirmar. E desde que eu tinha 9 anos e achava lindo usar óculos - até descobrir que eu tinha alguns muitos graus de miopia- desisti desse negócio de apenas 'achar lindo'. Capóff!
...
Mas então, tomemos o exemplo do primeiro beijo. As pessoas sempre diziam, e continuam dizendo que o primeiro beijo é algo lindo e belo, o qual será lembrado pelo resto de seus dias. É mentira. Um ou outro, talvez seja de fato inesquecível. A verdade é que a grande maioria prefere a segunda ou terceira tentativa. Penso que o casamento possa ser do mesmo jeito. Talvez um ou outro dêem certo, mas o resto precisa tentar mais uma ou duas vezes prá encontrar o que procurava ou simplesmente o que, talvez já houvesse encontrado e deixado passar.

Ah, eu tenho tantos exemplos de casamento prá ter como base: os que deram certo, os que não deram certo, os que fingem dar certo, os que apesar de anos e anos, não descobriram que ainda podem dar certo e os que não deram nem vão dar nada. Mas olhando de longe é complicado; e dessa vez não tem nada a ver com a miopia, tá? Eu só acho que ainda preciso analisar um punhado de casais prá decidir o que farei de minha vida ou então, apenas seguir meus instintos. (Agora uma breve pausa para os aplausos. Sim, filosofia de rodoviária é comigo mesmo. Às vezes chego a crer q sou um tipo de um elo perdido entre Sócrates e a Mãe Diná)

A verdade – oh, e só ela - é que tem gente que nasceu prá viver sozinho, tem gente que gosta de companhia. Tem gente que faz exatas, gente que faz humanas. Pessoas boas, pessoas más. Casamentos bons, casamentos ruins. O pólo norte, o pólo sul. Os camelos e os esquis. Porque há um bilhão de coisas além de um simples sim. Vocês devem estar se perguntando (ou não) onde estou querendo chegar. Nisso: que em um lugar chamado mundo, onde as pessoas divergem entre Calypso e Mozart, tudo pode acontecer. (frase final muito ‘o mundo da lua’, com Lucas Silva e Silva)

(clap clap clap)



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Nascido em São Paulo no dia 20 de novembro de 2006, o blog ‘o ciclo bambo’ foi resultado complexo de uma imensa falta do que fazer por parte de sua criadora, Patricia. Inicialmente apelidado de ‘o monociclo bambo’ e dotado de um template medonho, o blog passou por inúmeras transformações até atingir sua aparência atual; o que não significa que esteja melhor agora.



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