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Inércia de férias

Férias sempre geram boas expectativas. Comigo não foi diferente. Arrumei as malas toda saltitante, e assim fui pela estrada, em meu loooongo percurso até Peruíbe. Ao chegar aqui, as primeiras 43 horas eu passei no msn, ops...digo, escrevendo a coluna semanal. E as horas seguintes até o presente momento, onde curiosamente me encontro sentada frente à um monitor, foram de puro azar.
-Meu avô está viciado em internet, e isso impossibilita as chances de um telefonema sugerindo um passeio casual na praia, já que a linha fica ocupada. Que coisa.
-A bicicleta está enferrujada e com o pneu murcho, assim não posso sair por aí sem destino atropelando gaivotas.
Tentando superar os dois obstáculos anteriores, decidi arriscar um passeio a pé, estreando minha rasteirinha nova, e lá fui eu até a casa da minha prima. Resultado: duas bolhas que mais parecem pula-pulas gigantes do Parque da Mônica. Ok: sem bicicleta, sem meio de comunicação decente, sem pés, sem companhia.
Somando tudo isso, fui me distrair à noite e sentar junto da janela pra sentir aquela brisa suave do litoral. Coloquei até uma saia meio riponga pra entrar no clima, e um som meio parado ( leia-se: música de fossa). Tudo estava muito bom, os vizinhos jogavam bola e cantavam, as corujas faziam cu cu cu cu pra mim.
Então, num ato miserável e carnívoro uma formiga de meio metro resolveu morder minha perna. Adeus, janelinha. Foi bom enquanto durou. Mas, como a noite é uma criança e eu já estou bem crescidinha pra dormir as 9:32pm, decidi prestar serviço e assistir um filme. Dentre muitas opções românticas, escolhi algo que não fosse despertar momentos de carência e me fazer choramingar pelos cantos da casa. Vasculhando os títulos de dvd’s do acervo do meu avô, fiz uma sábia escolha: Alien – o 8º passageiro. Quem dera tivesse afetado minha sensibilidade. Antes ela que o estômago. Tenho um palpite definitivo sobre o filme: moças sozinhas e sensíveis não devem assisti-lo antes de ir para a cama. Dá azar. Digo: dá mais azar.
Então, a idéia mais lúcida da minha vida: fui dormir. Foi muito bom...liguei o ventilador e me esparramei pela cama. Dormi. Será? Não. Aconteceu devagar. Um zuóóóóinnnn no meu ouvido, depois outro e mais outro. Zuóóóins e mais zuóóóiunsonsuannsiiins me atormentaram a noite toda. Eram os pernilongos. Piores que o Alien, muito piores. Passei a noite toda com eles. Enfim, acordei descabelada e infeliz. E meu dia se repetiu hoje novamente com sutis e piores diferenças, que não serão lamentadas neste post. Tomara que amanhã os ventos soprem para mim, oh sim! Torçam e rezem.

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Nascido em São Paulo no dia 20 de novembro de 2006, o blog ‘o ciclo bambo’ foi resultado complexo de uma imensa falta do que fazer por parte de sua criadora, Patricia. Inicialmente apelidado de ‘o monociclo bambo’ e dotado de um template medonho, o blog passou por inúmeras transformações até atingir sua aparência atual; o que não significa que esteja melhor agora.



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